Resenha – Crepúsculo do Morcego
O Batman certamente é um dos personagens maios famosos da cultura pop. Seja dentro do meio nerd, seja fora dele, o personagem alcançou um status – junto de outros personagens como Superman, Wolverine, Capitão América – no qual você não precisa ser um leitor de quadrinhos para saber de quem se trata. Boa parte dessa fama se deve aos filmes, jogos, menções em outras obras, e que fazem com que ele seja um personagem bem conhecido. Já tivemos várias representações do Homem Morcego – e Crepúsculo do Morcego vem somar a essas inúmeras visões do personagem. E vale dizer que, aqui, temos uma paródia, mas não desprovida de um certo fundo de verdade.
Crepúsculo do Morcego é uma HQ criada por Josh Simmons, com colaboração de Patrick Keck, que saiu no Brasil em março de 2022 pela Editora Monstra. É uma editora nova, sendo essa a segunda publicação deles (a primeira foi Risca Faca, de André Kitagawa). É a editora fundada pelos mesmos donos da Loja Monstra (aliás, uma ótima loja de quadrinhos, que fica localizada aqui em São Paulo).
Essa HQ tem duas histórias: a primeira, chamada A Marca do Morcego, é escrita e ilustrada pelo próprio Simmons, e mostra como o Batman vê a “criminalidade” em G—City e como ele pretende deixar as coisas melhores. Mas como falei lá no começo, trata-se de uma paródia, mas com um certo fundo de verdade – isso vindo do Homem Morcego. Então espere uma versão que a gente não vê nos quadrinhos da DC. Aliás, lendo essa primeira história, me lembrou bastante aquele meme que circula nas redes sociais, que mostra que o Batman não mata, mas em compensação…
Já a segunda história, chamada Crepúsculo do Morcego, é escrito por Simmons e ilustrado por Keck e mostra o Homem Morcego patrulhando G—City depois de um desastre nuclear que aparentemente matou todo mundo, até que ele encontra um velho conhecido. Nessa história vemos como, mesmo numa tragédia dessas, o Homem Morcego ainda patrulha as ruas, na esperança de encontrar alguém. Mas será que essa esperança faria ele se tornar uma pessoa melhor? Ou temos um Homem Morcego neurótico?
Trata-se de uma publicação bem bacana de se ler. É bem curta, com 48 páginas, todas em preto e branco. Ou seja, você consegue ler bem rápido. O que eu gostei bastante, pois me lembrou aqueles fanzines que eram publicados antigamente, ou até mesmo quando seus amigos vinham com uma hstória que eles mesmos criaram.
É uma história descompromissada, que não quer te fazer refletir por horas e horas. Mas ao mesmo tempo te faz pensar um pouco sobre como alguns vigilantes das histórias agem, em como chega a ser ambíguo eles terem um código de “não matar” mas ao mesmo tempo os possíveis criminosos (ou que fogem um pouco do que os outros consideram como certo e errado) sofrerão as consequencias desses atos.
Caso queira adquirir, está a venda na Loja Monstra nesse link.